1918 - O Brasil perdeu Olavo Bilac, o príncipe de seus poetas

1918, O Brasil perdeu Olavo Bilac, o príncipe de seus poetas.

1918 - O Brasil perdeu Olavo Bilac, o príncipe de seus poetas
1918 - O Brasil perdeu Olavo Bilac, o príncipe de seus poetas

Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac nasceu no rio de Janeiro a 16 de dezembro de 1865; era filho do Dr. Braz Martins dos Guimarães Bilac e D. Delphina Belmira dos Guimarães Bilac.

A casa onde Bilac viu a luz ficava situada na rua dos Andradas, mais ou menos em frente ao Largo da Sé, naquela época um largo pitoresco.

Olavo Bilac frequentou as faculdades de Medicina do Rio de Janeiro e de Direito de São Paulo, abandonando ambas antes da conclusão do curso, para dedicar-se exclusivamente às letras. E assim viveu até 1898, quando foi nomeado inspetor escolar da Prefeitura, cargo que exerceu com brilho e no qual se aposentou há alguns anos. Bilac exerceu os cargos de de secretário da Prefeitura na administração Pereira Passos e de diretor interino do Pedagogium. 

Foi também secretário no Congresso Pan-Americano e fundador da Agência Americana.

Desde verdes anos demonstrou seu pendor literário, e sua obra é realmente de vulto, como poeta e como jornalista. Bilac publicou o primeiro volume de vrsos - Poesias - , em São Paulo, em 1888. Além das Poesias (Panopitos Via Lactea, Sarças de Fogo, Caçador de Esmeraldas, As Viagens) publicou mais: Cronicas e Novelas; Confrncias Literárias (duas edições); Critica e Fntasia (1908). Em Minas; Cronicas Fluminenses; Novas Damas; Na Academia; Ironia e Piedade (1916); e a Defesa Nacional (1917); discursos de propaganda e de Critica. Editou também um volante - Poesias Infantis. 

Em colaboração, publicou os seguintes volumes: Contos Patrios, Livro de Leitura, Teatro Infantil, A Patria Brasileira, Tratado de Versificação, Livro de Composição e Através do Brasil.

Foi socio fundador e mais tarde secretario geral da Academia de Letras. Sua última conferência teve por tema a Reabilitação do Brasil e foi feita em São Paulo, na Sociedade de Cultura Artistica.

Ocupava na Academia a cadeira de Gonçalves Dias. 

Olavo Bilac recolhia há dezesseis anos dados para um dicionário da lingia portuguesa, livro que, segundo dizia, seria o último de sua obra, e que deixou incompleto.

Bilac morreu às 5 1/2 horas da manhã de 28 de dezembro de 1918, em sua residência, à rua Barão de Itamby.

"Já raia a madrugada. Dêem-me café.ç Vou escrever ..." - foram suas últimas palavras.

Os despojos mortais do grande poeta brasileiro foram inumados no cemitério São João Batista.