1926 - Vale do Córrego Saracura, que virou a Avenida 9 de Julho (São Paulo)

Vale do Córrego Saracura, em 1926, que virou a Avenida 9 de Julho

1926 - Vale do Córrego Saracura, que virou a Avenida 9 de Julho (São Paulo)
Vale do Córrego Saracura, atual Praça 14 Bis
1926 - Vale do Córrego Saracura, que virou a Avenida 9 de Julho (São Paulo)

O Córrego do Saracura foi nomeado a partir da ave homônima, onde em 1929 foi construída a Avenida 9 de Julho.

Suas nascentes ficam no espigão da Avenida Paulista: uma delas no encontro da Rua Doutor Seng com a Rua Garcia Fernandes, atrás do hotel Maksoud Plaza; outra na Almirante Marquês de Leão, a duas quadras. De lá desce, canalizado por galerias subterrâneas, pela Rua Rocha / Cardeal Leme, até a Praça 14 Bis e dali ao longo da Avenida Nove de Julho, até desaguar no Ribeirão Anhangabaú. Embora corra quase todo canalizado, é possível vê-lo em uma pequena abertura na Avenida Nove de Julho, na saída do Viaduto Doutor Plínio de Queiroz.

Tem como afluente principal o Córrego da Mandioca, e várias outras pequenas nascentes que ficam nas proximidades da rua Barata Ribeiro, da rua Coronel Nicolau dos Santos, da rua Penaforte Mendes, entre outras.

As obras de construção da Avenida 9 de Julho tiveram início em 1929, sob administração do prefeito José Pires do Rio, mas só foram concluídas doze anos depois, durante a gestão de Prestes Maia.Trata-se da primeira grande via integratória construída fora do centro de São Paulo, na época, ligando o Largo da Memória à Rua Estados Unidos.

O período de maior impulso na construção deu-se durante o mandato de Fábio Prado, prefeito da cidade entre 1934 e 1938. Juntamente com as avenidas Ipiranga e Rebouças, a concretização da 9 de Julho marca o início da implementação do Plano de Avenidas do engenheiro Prestes Maia, que, entre diversos objetivos, pretendia ampliar espaços abertos da região central, abrir avenidas diametrais e marginais na cidade, alargar ruas e construir um anel viário para distribuição do fluxo de veículos.

Foi, por fim, inaugurada em 25 de janeiro de 1941. Suas construções foram regulamentadas ainda no mesmo ano, em 11 de fevereiro, a partir do decreto-lei número 75, que fixou recuos obrigatórios, estabeleceu alturas mínimas e máximas para os edifícios, e determinou outras questões de caráter urbanístico para a região.